Informações dos Padres Conciliares
Cardeal Rugambwa, 49 anos, bispo de Bukoba (Tanzânia),
onde é católica a metade da população de menos de meio milhão de pessoas
O art. 1 § 1 do Regulamento do Concílio diz que todos os que foram convocados pelo Sumo Pontífice para o Concílio Ecumênico são chamados “Padres Conciliares”. E a bula de indicação Humanae Salutis, de 25 dezembro 1961, determina: “Queremos e ordenamos que a este Concílio Ecumênico, por Nós indicado, venham de toda parte todos os Nossos Diletos Filhos Cardeais, os Veneráveis Irmãos Patriarcas, Primazes, Arcebispos e Bispos tanto residenciais (n.e. leia-se aqueles que governam uma arquidiocese ou diocese) como apenas titulares e ademais todos os que têm direito e dever de intervir no Concílio. Segundo um documento mimeografado em Roma, no início do Concílio, são 2.778 os Padres convocados:
87 Cardeais e Patriarcas (3,4%),
1.619 Arcebispos e Bispos residenciais (35%) e
97 não-Bispos, isto é, Abades e Superiores Gerais (3,4%).
Mas de fato, na solenidade de abertura do Concílio estiveram presentes 2.540 Padres Conciliares e a média de frequência às Congregações-gerais durante o primeiro período é de cerca de 2.200. […]
Karol Wojtyła toma assento no Concílio como Auxiliar de Cracóvia
Não será supérfluo lembrar que, certamente, o nível geral de qualidades, capacidades e cultura dos Padres Conciliares é alto, mesmo muito alto. Pois a formação, humana, filosófica, teológica, espiritual e apostólica do clero, neste último século, atingiu de modo geral um nível superior a qualquer outro século. Ora, precisamente o Episcopado é, por assim dizer, a nata do clero tão bem e intensivamente formado. […]
Cardeal Spellman, arcebispo de New York, também foi um dos 10 Presidentes do Vaticano II
Pastor de mais de 1,6 milhões da “capital do mundo”
Há entre eles Bispos que vivem no meio de habitantes que estão ainda na idade da pedra e outros que devem dirigir e orientar os povos mais cultos e avançados. Ao lado dos Cardeais de Paris, Nova York, Colônia e Chicago estão também os prelados de Ouagadougou, Bobo-Dioulasso (n.e. cidades no país de Burkina Faso, vizinho à Costa do Marfim), Tiruchirapalli (na Índia) e Tsiroanomandidy (em Madagascar). Há Pastores que, como os de Milão e Paris, devem cuidar de quatro milhões de fiéis e outros que, como os de Banjarmasin (na Indonésia), Laghouat (na Argélia) ou Hudson Bay (no Canadá, hoje Diocese de Churchill), representam apenas 1.500 e 5.000 fiéis, mas cujo território é imenso como uma boa nação europeia. Há Patriarcas de antigas sedes do tempo apostólico e Bispos de territórios nos quais a Igreja conta com vinte ou dez anos de vida. Há entre eles velhos, muito velhos, na boa idade, jovens e muito jovens. Há Bispos pobres e paupérrimos, há ricos e riquíssimos. Bispos cultos e inteligentes, universalmente celebrados por seus profundos estudos eclesiásticos e Pastores que constantemente se ocupam com gente nem mesmo alfabetizada. Bispos de pacíficas e florescentes zonas cristãs e outros que viveram as violências das lutas de classe e as crueldades dos modernos perseguidores de religião.
O Brasil contava, no dia da abertura do Concílio, exatamente 204 Bispos ou Padres Conciliares (n.e. que foram convocados e, portanto, receberam este último nome). Mas nem todos estavam presentes. Faltaram uns trinta: alguns por doença, outros por motivos pastorais. […]
Frei Boaventura Kloppenburg, teólogo conciliar
Padres Conciliares com veste coral própria para o uso fora de suas dioceses:
batina, faixa com borla, roquete, mantelete, cruz peitoral, solidéu e barrete