Direto da Sacristia
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Casamento católico do Príncipe Albert II de Mônaco

Postado em 02 julho 2011por E. Marçal

Fotos do Day Life


Não foi precedido de tanta expectativa, nem foi coberto da curiosidade da imprensa como o histórico casamento anglicano do Príncipe William com Kate Middleton, mas o matrimônio católico do Príncipe Albert II e da (agora) Princesa Charlene Wittstock marcou a catolicidade da Sereníssima monarquia monegasca, mesmo que Albert II não gozasse antes de boa fama moral – sua biografia é marcada por histórias amorosas com atrizes e modelos e possui dois filhos fora do casamento, que, apesar de terem sido reconhecidos pelo Príncipe, não o sucederão no trono, segundo a Constituição. Lá também, os plebeus acompanharam tudo com entusiasmo.


O rito do matrimônio foi oficiado dentro da Santa Missa ritual, presidida por S.E.R. Mons. Bernard Barsi, Arcebispo de Mônaco – único Ordinário do Principado (que só possui uma circunscrição eclesiástica). Concelebraram alguns bispos. Presenciaram o enlace matrimonial famílias reais de todo o mundo: a belga, a berenita, a listenstainense, a sueca, a luxemburguês e a holandesa. Aparentemente, a Família Real Britânica não enviou representante algum.

A cerimônia aconteceu no pátio do Palácio do Principado. Seguem-se algumas fotos:










Segundo a tradição, a noiva depositará o buquê na pequena igreja de Saint Devote, patrona de Mônaco.

Semelhantemente à lei britânica que proíbe algum membro da Família Real inglesa de contrair matrimônio com um católico, também a Constituição de Mônaco reza que a ninguém da realeza é permitido casar com alguém não-católico. Portanto, a Princesa Charlene, ex-atleta olímpica sul-africana, abjurou à fé protestante em que foi educada e converteu-se à Igreja. Agora, também ela é intitulada com a secular expressão “Alteza Sereníssima”, tratamento igualmente usado pela Família Principesca de Liechtenstein. Os nobres alemães o usaram até o ano de 1917. De 1853 a 1855, o presidente vitalício mexicano Antonio López de Santa Anna também atribuiu-se como “Sua Alteza Sereníssima”, fato inaudito na América.

Mônaco é o segundo menor Estado do mundo, precedido pelo Vaticano.


Fazemos votos de fecunda união.

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