Direto da Sacristia
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Queiruga é vetado de instituto de teologia

Postado em 13 novembro 2011por E. Marçal
Andrés Torres Queiruga
Teologia distorcida, mas, agora vetada em Bilbao

É de se alegrar que Queiruga tenha sido vetado de falar de sua “teologia”, depois que afirmou e reafirmou em setembro no Recife, entre outras coisas,  que não há possessões diabólicas, nem muito menos ação dos anjos bons no mundo.

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Com informações do Humanitas Unisinos

Mons. Maria Iceta Gavicagogeascoa
Bispo de Bilbao desde 24 agosto 2010
46 anos


O Bispo de Bilbao (Espanha), S.E.R. Mons. Mario Iceta, que é médico e estudou Teologia na Universidade do Opus Dei em Navarra, impediu que o famoso teólogo galego Andrés Torres Queiruga passasse a lecionar no atual ano letivo um curso de formação no Instituto Diocesano de Teologia e Pastoral, já que ele “não se trata de uma pessoa representativa da diocese”.

Segundo um professor do Instituto, sempre foi utópico, impensável e equivocado o desejo de autonomia da autoridade episcopal, fato lamentado pelo diretor, o teólogo pe. Javier Oñate, que já presumia que o “velho debate” com o governo diocesano não frutificaria na desejada autonomia do IDTP. Apesar de pertencer ao Fórum de Padres de Bizkaia, uma coletivo crítico que fiscaliza o Bispo de Bilbao, o pe. Oñate foi ratificado pelo Mons. Iceta no cargo de diretor do Instituto, como também é membro do Conselho de Presbíteros.

Posse canônica de Mons. Iceta em Bilbao
Da esquerda para a direita,
Mons. Ricardo Blázquez, arcebispo de Valladolid
Arcebispo Renzo Fratini, Núncio apostólico na Espanha
11 outubro 2010

Até hoje, nenhum Bispo de Bilbao – para a glória de Deus – apoiou a independência teológica e administrativa deste instituto diocesano. Mons. Ricardo Blázquez, antecessor do Mons. Iceta, fez pequenas modificações no estatuto para ter uma maior possibilidade de intervenção, posição ainda mais seriamente assumida por Mons. Iceta. Não obstante, os círculos mais progressistas da diocese defendem o trabalho do IDTP, “que elaborou programas muito compensados em uma atividade muito próxima à pastoral”.

Não falta quem defenda o pensamento de Queiruga e a sua teologia, que, segundo alguns, é “dentro do dogma católico”, não é “incendiário, nem de panfletagem e aventureiro, mas moderado”.

Apesar da polêmica, Queiruga está entre os convidados do 125º aniversário da Universidade jesuíta de Deusto, junto com o Arcebispo Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.

Que mais pastores e outros responsáveis por centros de formação intelectual católica tenham a mesma consciência e coragem do Bispo de Bilbao, importando-se também pela salvação de seus fiéis quando não permitirem que teólogos que desmentem e escarnecem o Magistério possam lecionar e falar abertamente da fé da qual só a Igreja tem a custódia e o correto ensino.

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 É, os tempos são outros, Queiruga. O cenário sócio-político mundial é outro e velhos discursos devem ser atualizados, senão revistos. Já não há tempo para teologias distorcidas. Nossos ouvidos já estão cansados delas! Não é preciso observar muito para saber qual o discurso teológico para os nossos dias: a doutrina clara e verdadeira.


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