Congresso dos bispos recentemente nomeados

A vós, queridos Irmãos, recentemente chamados para o ministério episcopal, a Igreja põe não pouca esperança, e segue-os com oração e carinho. Também quero garantir-vos a minha proximidade espiritual no seu serviço diário para o Evangelho. Sei que os desafios que enfrentais, principalmente nas comunidades cristãs que vivem sua fé em contexto não é fácil, onde, além de várias formas de pobreza, por vezes, ocorrem as formas de perseguição por causa de sua fé cristã. Em vós recai a tarefa de alimentar a esperança dos fiéis, para compartilhar suas dificuldades, inspirados na caridade de Cristo que consiste na atenção, ternura, compaixão, acolhimento, disponibilidade e interesse pelos problemas das pessoas, para o qual está disposto a gastar vida (cf. Bento XVI, Mensagem para Dia Mundial das Missões 2008, n. 2).

[…] De fato, o ministério episcopal só é entendido a partir de Cristo, a fonte do sacerdócio único e supremo, que ao Bispo é dada uma parte. Por isso, ele “vai esforçar-se por ter um estilo de vida que imita a kenosis (n.t.: esvaziamento de si próprio) de Cristo, o servo pobre e humilde, de modo que o exercício do seu ministério pastoral é um reflexo coerente de Jesus, o Servo de Deus, e faz com que ele fique perto dele de todos, do maior para o menor” (João Paulo II, Apostólica. ap. Pastores Gregis, 11). Mas, para imitar a Cristo, devemos dedicar tempo suficiente para estar com Ele “e contemplar a intimidade orante da conversa de coração a coração. Freqüentemente sentir a presença de Deus, sendo um homem de oração e adoração: este é chamado a primeiro pastor. Através da oração ele, como a carta aos Hebreus (cf. 9:11-14), torna-se vítima e altar para a salvação do mundo. A vida do bispo continua a ser uma oferenda a Deus para a salvação da sua Igreja, e especialmente para a salvação das almas confiadas a ele. Este é também o altruísmo verdadeiro da dignidade pastoral do bispo: ser o servo de todos, dar a sua vida. O episcopado, na verdade – como o sacerdócio – não deve ser entendida por categorias mundanas. É um serviço do amor. […]

Sei que as comunidades que vos foram confiadas, por assim dizer, de “fronteiras” religiosa, antropológica, social, e em muitos casos, são uma minoria. Nestes contextos, a missão de um bispo é particularmente desafiadora. Mas é precisamente em tais circunstâncias, que através de seu ministério, o Evangelho pode mostrar todo o seu poder salvífico. Não devem ceder ao pessimismo e ao desespero, porque o Espírito Santo guia a Igreja e dá, com a sopro poderoso, a coragem para perseverar e também para buscar novos métodos de evangelização, atingindo áreas até então inexploradas. A verdade cristã é atraente e persuasiva, pois responde à necessidade profunda da existência humana, anunciando de forma convincente que é Cristo o Salvador do homem todo ea todos os homens. Este anúncio ainda é válido hoje como era no início do cristianismo, quando se operou a primeira grande expansão missionária do Evangelho.

Amados Irmãos no Episcopado! É no poder do Espírito Santo que vós tendes a sabedoria e a força para fazer as vossas Igrejas testemunhas da salvação e da paz. Ele vos guiará pelos caminhos do vosso ministério episcopal, que confio à materna intercessão de Maria, Rainha dos Apóstolos. De minha parte, acompanho-vos com a oração e com uma afectuosa Bênção Apostólica, que concedo a cada um de vós e todos os fiéis de vossas comunidades.