O que Dom João Braz pensa dos Legionários e da Toca de Assis
Postado em 05 julho 2011por E. Marçal
Tradução do Fratres In Unum
Dom João Braz compara
Pe. Roberto Lettieri ao Pe. Marcial Marciel
Em entrevista concedida ao um jornalista, S.E.R. Dom João Braz, Prefeito para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, comparou em dois pontos os Legionários de Cristo com a Toca de Assis: o forte carisma e as sérias acusações contra os fundadores de cada um – contra o primeiro já foram comprovadas, contra o segundo, restam investigações.
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O que o escândalo envolvendo o fundador dos Legionários de Cristo significa para o senhor?
Certamente é doloroso quando você vê a expansão de um movimento que se apresenta como carismático, e então indignidade de seu fundador é revelada. Como tal coisa é possível permanece um mistério, e os Legionários não são o único exemplo. No Brasil, tivemos o caso da Toca de Assis. Era uma comunidade que vestia um hábito no estilo franciscano e que atraiu muita ateção, inserindo-se na Canção Nova [uma rede brasileira de grupos vagamente afiliados ao movimento carismático]. Eles criaram uma forte imagem de si, com irmãos que alegavam dar glória a Deus cantando e dançando. Tinham recrutado seiscentos moços. Depois se descobriu, todavia, que o fundador tomou parte em comportamentos indignos com seus seguidores.
Quanto aos Legionários, nunca me convenci pela falta de confiança na liberdade pessoal que eu via nas suas estruturas. Era um autoritarismo que procurava dominar tudo com disciplina. Eu retirei os seminaristas de Brasília de seus seminários, porque vi que as coisas não poderiam continuar dessa forma.
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Infelizmente, no decorrer da entrevista, o Prelado ainda continua a defender a Teologia da Libertação, em nítido rompimento com o seu predecessor no dicastério, o Em.mo Cardeal Franc Rodé.