Às 9:34 horas deste sábado, dia 31, no Mosteiro Mater Ecclesiae, entregou a sua alma a Deus o Papa emérito Bento XVI, aos 95 anos. O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, informou em uma breve nota alguns minutos depois, completando com maiores informações numa coletiva de imprensa.

Ainda não foi divulgada a causa oficial de sua morte.

Nos últimos dias muito se comentou quais as dificuldades de saúde ele enfrentaria, não decorrentes de uma doença específica, mas como resultado de sua avançada idade, pois foi o que Dom Georg Gänswein falou muito nos últimos anos: Bento XVI estava bem mentalmente, mas havia problemas físicos naturais de sua idade.

Foi o fim de alguns dias muito tensos de preocupação, mas, de qualquer modo, inesperado. De fato, desde a manhã da última quarta-feira, o Papa Francisco fez o mundo conhecer a crise de saúde que atingia Bento XVI. Com a intervenção médica no próprio Mosteiro, nas notas de imprensa dos dois dias seguintes foi dito que a sua situação continuava grave, mas se era estabilizada, conseguindo dormir durante as noites e participando da Santa Missa em seu próprio quarto. Estas notas vinham sido publicadas na metade da tarde em Roma, algumas horas mais tarde do horário de costume das notícias e outras declarações oficiais do Vaticano. Porém, inesperadamente, na segunda parte da manhã de hoje, uma nova nota, definitiva, assinalou que o Papa emérito havia terminado a sua vida terrestre.

Ainda na tarde da mesma quarta-feira passada, no meio da crise aguda e urgente, Bento XVI recebeu a Unção dos Enfermos ao fim da missa celebrada no Mosteiro.

Segundo as primeiras informações dadas pela Sala de Imprensa da Santa Sé, sobre os dias seguintes, a partir desta segunda-feira, 02 de janeiro, na Basílica de São Pedro, o corpo de Bento XVI será exposto à veneração dos fiéis. Os ritos fúnebres serão concluídos com a Santa Missa exequial, na Praça de São Pedro, na próxima quinta-feira, dia 05, presidida pelo Papa Francisco. Maiores detalhes destes ritos ainda não são conhecidos porque não serão os próprios de um papa que faleceu enquanto ainda governava, mas, nem mesmo, serão de um simples bispo ou presbítero. De qualquer forma, Matteo Bruni esclareceu que, segundo o que pediu o próprio Bento XVI, os funerais serão “em semplicidade”.