Tamanha ousadia da realeza espanhola
É perceptível o assombro de alguns presentes mais próximos ao fato. A ousadia da rainha consorte da Espanha, Sofia da Grécia, causou espanto entre os católicos mais conservadores. Durante a missa da dedicação da igreja da Sagrada Família e consagração do respectivo altar, em Barcelona, a esposa do rei Juan Carlos I privou-se de usar o genuflexório para a comunhão e ousadamente estendeu os braços para, assim, receber a Sagrada Eucaristia. Não é novidade aos mais atentos que o Santo Padre, a um significativo espaço de tempo, vem administrando a Comunhão na boca e de joelhos. Aos mais atentos [friso]. Isso não se aplica aos reis da Espanha. Aliás, após sancionar a lei do aborto na Espanha, o rei Juan Carlos privou-se de receber o Augusto Sacramento. A rainha demonstrou maior audácia ao recusar o modo de comungar com o Santo Padre.
É fácil receber o Sumo Pontífice como chefe de Estado para demonstrar simpatia e amizade da coroa espanhola para com a Santa Sé. Como também é fácil, dados os últimos acontecimentos, pisar em cima da memória dos reis Fernando de Aragão e Isabel de Castela e tornar-se indignos do outrora merecedor título de Sua Majestade Católica (concedido pelo Papa Alexandre VI aos monarcas espanhóis).