Dom Antônio Keller usa luvas pontificais
Fotos de rede social
O Bispo de Frederico Westphalen
fez o uso durante entrega de título de monsenhorato
Nem temos palavras ao certo para descrever a alegria de noticiarmos o uso de luvas pontificais da parte do Ex.mo Bispo de Frederico Westphalen Dom Antônio Carlos Rossi Keller. E isto não é um fato isolado, mas mais uma prova da reforma que o venerando bispo tem feito na referida diocese desde quando tomou posse do Bispado, há três anos; e não apenas em rubricas litúrgicas, mas também nestas.
Já é do conhecimento de quem acompanha os atos de Dom Keller, principalmente por meio dos blogs específicos que noticiam isso, que o Bispo tem se dedicado com o mesmo afinco que nutria desde pároco em São Paulo para que as cerimônias litúrgicas de sua diocese expressassem a sacralidade, simplicidade e nobreza que devem ter. Para tanto, já restaurou importantes detalhes nas celebrações às quais preside, usou casula negra na celebração pelos fiéis defuntos, como também já dedicou o belíssimo altar da sua Catedral Santo Antônio.
Felizmente, Dom Keller é um dos corajosos pastores que, amando com verdadeiro amor os fiéis lhes confiados, cada qual segundo suas condições, também querem oferecer a eles a beleza da liturgia que tenta ao máximo traduzir aos olhos e ouvidos a magnificência dos Mistérios de nossa fé. Corajosos homens que se multiplicam pelo Brasil e são o reflexo do movimento litúrgico que inunda a Igreja pelo mundo. Mas, poucos são os que, mesmo na forma moderna do rito moderno, fazem o uso de luvas pontificais, obrigatória na forma extraordinária. Não queremos arriscar ao dizer que no Brasil só temos notícia deste uso por parte de Dom Fernando Rifan, da Administração Apostólica de Campos – mesmo assim, ele, como todos o sabem, as usa na forma extraordinária. Portanto, Dom Keller é o único brasileiro- até agora – que faz o uso das chirotecas na forma ordinária. E este uso começou hoje em sua Diocese:
Aconteceu durante a Missa de anúncio da titulação do monsenhorato Capelão de Sua Santidade ao Rev.do Pe. Leonir Fainello, Pároco da Santa Igreja Catedral diocesana. Na missa rezada neste domingo, dia 13, mais uma vez foi possível observar alguns elementos presentes nas rubricas do antigo Missal:
1. Primeiramente, o uso das chirotecas, que infelizmente desapareceram nas rubricas modernas. Sua cor ou pode ser a do ofício celebrado ou sempre branca. Segundo as rubricas, o Bispo as reveste antes da casula, dizendo em voz baixa:
Circundai, Senhor,
as minhas mãos do novo homem que desceu do céu,
para que, do mesmo modo que Jacó, o Vosso eleito
coberto de pele de carneiro obteve a bênção paterna,
a oferta ao pai do alimento lhe foi gratíssima,
recebei da mesma forma pelas nossas mãos
a oferta da Vítima salvadora e mereçamos receber
as graças da Vossa bênção.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso filho,
que na semelhança da carne [se fez] pecado por nós.
Dom Keller, obediente às rubricas, as usou desde a paramentação na sacristia até o Lavabo, após a incensação do altar e das oblatas, quando as tirou da seguinte maneira: primeiro o anel, depois da luva da mão esquerda, seguida da luva da mão direita, e, após lavar as mãos, recebeu novamente o anel no dedo anelar direito. Somente para consagrar as Espécies e rezar as orações anteriores e posteriores é que o Bispo se desfaz de suas luvas.
2. O Pároco da Catedral, que também é Cônego Catedrático da diocese, não concelebrou a missa, mas estava vestido com batina preta com detalhes e faixa violetas e paramentado com sobrepeliz. À Comunhão, recebeu de seu cerimoniário a estola sacerdotal branca para que assim comungasse e depois distribuísse o Augusto Sacramento aos fiéis.
Ainda foram usadas sete velas sobre o altar, o Bispo esteve paramentado com a dalmática pontifical e deu o ósculo da paz ao novo monsenhor. Os paramentos foram em cor branca, mesmo sendo rezado o ofício do XXXIII Domingo Comum, devido à solenidade da cerimônia.
Semelhantemente ao consistório para a criação de Cardeais,
a titulação do monsenhorato (como também do canonicato) baseia-se na imposição do barrete próprio
e na entrega do documento que testifica o título
O novo monsenhor exibe o documento emitido pela Santa Sé
que lhe concede o título de Capelão de Sua Santidade
que precederá o seu título de cônego em sua assinatura pessoal
Detalhe para os dedos polegar e indicador juntos
Portanto, e não só por isso, mas por tudo o que Dom Antônio Keller tem feito em sua Diocese de Frederico Westphalen, elevemos orações a Deus por sua fidelidade à Igreja, por seu ministério episcopal e por seu zelo litúrgico e sua crescente coragem em restaurar importantes detalhes do tesouro espiritual católico.
Que mais pastores, a exemplo deste bispo e sensíveis aos sinais dos tempos, descubram o valor que audaciosas atitudes têm no redescobrimento do sagrado de seus fiéis.