Patriarca Grego-melquita de Antioquia visita o Brasil
Da agência Zenit
Sua Beatitude o Patriarca Greco-melquita de Antioquia e de todo o Oriente, Alexandria e Jerusalém, entre os dias 5 e 16 de agosto, visita o Brasil para a dedicação do altar da igreja de Sant´Ana, em Taubaté-SP.
Aos 11 anos de idade, ingressou no Seminário de São Salvador dos Padres Basilianos Salvatorianos de Shoof, Líbano. Professou seus votos religiosos simples em 1949, e os votos solenes em 1954. Foi ordenado sacerdote na abadia de Grottaferrata, em 1959.
Foi sagrado Arcebispo titular de Tarsos dos Greco-melquitas e auxiliar do Vigário Apostólico de Jerusalém em 1981. O Sínodo Eleitoral do Patriarcado Ecumênico Melquita do ano 2000, o elegeu novo Patriarca de Antioquia e de todo o Oriente, e o Papa João Paulo II confirmou sua eleição poucos dias depois.
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Em todo o mundo há 25 igrejas de rito oriental unidas a Roma. Os patriarcas orientais, diferentemente dos ocidentais, têm jurisdição sobre todos os bispos e fiéis do seu rito. São eleitos pelos respectivos Sínodos das Igrejas Orientais e depois confirmados pelo Papa, com quem mantêm comunhão plena. Na Igreja Católica, existem patriarcas de rito oriental e de rito latino. Quanto aos latinos, o título é apenas honorífico, referindo-se ao Ordinário de uma diocese de grande importância e significado.
Inicialmente, o Patriarcado que hoje pertence a Veneza, situava-se em Aquileia, hoje Udine. Contudo, em 1751, mediante uma bula papal, por pretensões da República de Veneza e dos Habsburgo da Aústria, suprimiu-se o Patriarcado de Udine, que passou a ser apenas arquidiocese, e transferiu a Cátedra Patriarcal para a cidade de Veneza, que era arcebispado.
O Arcebispo de Lisboa detém o título de Patriarca desde 1716. Com isso, ultrapassou em dignidade o Arcebispo de Braga que, com o título de Primaz das Espanhas, foi até 1716 o mais elevado clérigo existente em Portugal. Na bula pontíficia de elevação a patriarcado, foi dado ao Arcebispo de Lisboa o privilégio de ser criado cardeal no primeiro consistório após a sua nomeação. Tal como acontece ao Patriarca de Lisboa. Depois de publicada a sua criação cardinalícia, adota o título de Cardeal-Patriarca.
O Patriarca latino de Jerusalém é o Ordinário da Igreja em Jerusalém. Sua jurisdição abrange a Palestina, Israel, Jordânia e Chipre. Não é obrigatoriamente criado cardeal no primeiro consistório após a sua nomeação, e nem goza do privilégio de ser incorporado ao Sacro Colégio Cardinalício por força do cargo. Apesar de não ser Arcebispo, goza do privilégio de receber o pálio arquiepiscopal. O Patriarca latino de Jerusalém também é Grão-prior da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém. Diz Latino, dada a existência na Cidade Santa de outros patriarcados, tanto de Igrejas orientais unidas a Roma, quanto de Igrejas Ortodoxas.
O Patriarcado das Índias Ocidentais encontra-se vacante desde 1963, quando morreu o último patriarca. Ereto em 1524 pelo Papa Clemente VII, era um título honorífico. Além disso, o patriarca não poderia morar na América, ficando na Espanha. Em 1946, foi nomeado o último patriarca, o bispo de Madri Leopoldo Eijo e Garay, que faleceu 16 anos depois.
Sua Santidade o Papa Bento XVI recusou-se a adotar o título de Patriarca do Ocidente.