A Ascensão no rito ambrosiano
Sabemos que além do rito romano, há na Igreja latina mais alguns outros ritos, entre eles os próprios das ordens religiosas, o moçárabe, o bracarense… Dentre eles, o ambrosiano, celebrado na província eclesiástica (sede arquiepiscopal e dioceses sufragâneas) de Milão e, por indulto, em outros territórios. Entre suas particularidades, citamos a seguinte:
Durante o canto do Evangelho na Missa da vigília da Ascensão do Senhor, o círio pascal é lentamente elevado do lugar onde estava até o teto da Catedral. Para isso, ele é posto em uma estrutura do século XV, um candelabro com cabos metálicos que o fazem ser suspenso perfeitamente até a altura das abóbadas da igreja e ali permanece aceso até a Solenidade de Pentecostes.
Enquanto que na forma extraordinária do rito romano o sinal usado para significar a ascensão de Cristo é apagando o círio pascal, o rito ambrosiano prescreve um sinal mais — digamos — alegório, imitando o gesto de ascensão ao círio, que é um dos grandes símbolos da Ressurreição. Porém, esta rubrica do rito romano não é pobre por isso; antes, também é eloquente: Cristo não está mais sobre a terra em corpo; no rito antigo apaga-se o círio na Ascensão; na nova forma, em Pentecostes.
Sobre o que falamos pode ser assistido dentro do vídeo da Missa vigilar celebrada pelo Em.mo Cardeal Scola, gravado na quarta-feira, dia 16 de maio de 2012:
Aproveitem e vejam como é o rito ambrosiano, assistindo-o integralmente: os curiosos ictos circulares da incensação, a cruz suspensa sobre o altar, a incensação parcial do altar pelo Arcebispo no ofertório e a finalização pelo diácono, a recitação do Credo depois do ofertório etc.