100 anos da Quam singulari Christi amor
No último dia 08 de agosto, a bula “Quam singulari Christi amor” entrou em seu centésimo ano de promulgação por São Pio X. Antes dela, a idade mínima para receber a Santíssima Eucaristia pela primeira vez era 14 anos. O mencionado Pontífice, divinamente inspirado, reduziu essa idade aos 7. Mais adiante, no artigo, saberemos o motivo.
Texto do seminarista Carlos Donato, da Arquidiocese da Paraíba.
Neste ano de dois mil e dez, celebramos os cem anos da promulgação da bula “Quam Singulari Christi amor” de Sua Santidade o Papa São Pio X que, com este solene ato de seu magistério petrino, concedia as crianças que haviam atingido o uso da razão, a saber: os sete anos de idade, de aproximar-se do banquete nupcial do Cordeiro, sob os véus do sacramento.
São Pio X era consciente de que a força sacramental que emana da fonte salvadora dos sacramentos é muito mais forte de que qualquer um dos nossos esforços em conduzir os nossos pequeninos à via cristã e à da santidade. O sacramento da Eucaristia não somente contém a graça sacramental, como também o próprio Autor da graça, desta forma ninguém melhor do que o próprio Salvador nosso para conduzir-los pela reta via.
“Deixai vir a mim as criancinhas”, é o apelo de Jesus diante da atitude dos discípulos de não permitir que as mesmas fossem ao encontro do Divino Maestro. Ainda em nossos dias Jesus pede a nos seus discípulos de hoje que portemos a ele na divina Eucaristia os nossos pequeninos que tendo um encontro pessoal com Jesus Eucarístico experimente desde terna idade a força salvadora da páscoa que emana da hóstia santa, pura e imaculada elevada sobre os nossos altares.
Mediante esta extraordinária experiência os nossos infantes poderão sentir o desejo de aproximar-se da Eucaristia, em conseqüência da comunidade dos fiéis reunidos em nome de Cristo para cumprir o mandato do Senhor de fazer sempre presente o mistério Eucarístico em sua memória. Como diz o santo Padre Bento XVI na sua exortação apostólica pós-sinodal “Sacramentum Caritatis”: “A Eucaristia faz a Igreja, e Igreja faz a Eucaristia, pois uma não pode existir sem a outra”. Ainda Santo Agostinho ensinava: “O bispo é a Igreja, pois sem este não temos Eucaristia e sem Eucaristia não temos a Igreja”.
Permita Deus, que em nossas paróquias não faltem catequistas cheios de alegria e disponíveis a ensinar a fé verdadeira e pura aos nossos pequeninos que, ansiosos, esperam seu mento de subir os degraus do altar para encontrar-se com Cristo que os ama e os espera sob os véus sacramentais.