Bento XVI deixou de ser doador de orgãos
Notícia da AFP
Em 1999, o então cardeal Ratzinger revelou que havia inscrito o seu nome na lista de doadores de orgãos, qualificando a atitude como algo “de afeição e disponibilidade”.
Contudo, segundo noticiado pela Rádio Vaticano, a sua inscrição tornou-se inválida desde sua eleição à sede de Pedro. A declaração deve-se ao uso promocional por parte de um médico alemão da ficha de doador do Papa para estimular os católicos a doarem post mortem seus orgãos. Apesar da carta enviada pelo rev.mo Mons. Georg Gänswein, e dos pedidos do Vaticano,o médico Gero Winkelmann, de Munique, ainda não suspendeu.
Arcebispo (título ad personam) e
presidente do Pontifício Conselho para a asotral da Saúde
“O corpo do Papa pertence à Igreja universal. É compreensível que os restos mortais sejam conservados integralmente, inclusive visando as possíveis venerações”, afirma o Arcebispo Zygmunt Zimowski, presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral da Saúde. Portanto, à natureza da função pontifícia deve-se a anulação do desejo de Bento XVI de doar seus orgãos após sua morte, para que assim seja sepultado intactamente.
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, declarou que a mudança da decisão não reflete na opinião do Papa. Em 05 novembro 2008, Bento XVI reiterou a adesão da Igreja à prática de transplantes de orgãos. Ao mesmo tempo, condenou o tráfico de orgãos como “práticas abomináveis” que a comunidade científica deve rejeitar.