“Clara, luminosa figura”. Bento XVI
Ocorre hoje a memória litúrgica da Fundadora das Damas Pobres (Clarissas). No século, Chiara d´Offreducci, Clara nasceu em Assis no dia 16 de julho de 1194. Diz a tradição, que seu nome vem de uma inspiração dada à sua mãe, de que haveria de ter uma filha que iluminaria o mundo. Assim como São Francisco, enfrentou resistência dos familiares para ingressar na vida religiosa, desejo irresistível que sentiu desde quando conheceu o Pobrezinho de Assis, provavelmente durante uma pregação sua na Catedral de São Rufino. Aos 18 anos, consagrou-se a Deus na igreja da Porciúncula. Era Domingo de Ramos.
Inicialmente, quando da fundação do ramo feminino da Ordem Franciscana, Santa Clara aceitou de São Francisco a Regra de São Bento e o título de abadessa. Contudo, em 1247, 31 anos depois, o Papa Inocêncio IV concede às Clarissas a Regra Franciscana.
Após uma visita a Santa Clara morimbunda, o Papa Inocêncio IV mandou apressar a aprovação de sua regra pela bula “Solete Anuere“. Antes de morrer, a Fundadora viu a bula de aprovação e morreu em odor de santidade no dia seguinte, 11 de agosto.
A regra de Santa Clara foi aprovada definitivamente para todos os mosteiros em 1263, pelo Papa Urbano IV.
Dois milagres seus destacam-se dos demais: em 1240, com a oração diante do Santíssimo Sacramento, defendeu a cidade de Assis do ataque dos sarracenos. Em 1253, no leito de morte, impedida de ir à missa em virtude de sua doença, tem uma visão da Sagrada Liturgia sendo celebrada naquele instante. Por este motivo, o venerável Pio XII a declarou padroeira da televisão.
Foi canonizada na Catedral de Anagni, em 15 de agosto de 1255, com a bula “Clara claris Perclara“.
Seu corpo encontra-se exposta à veneração pública na basílica que leva o seu nome, na cidade de Assis.