Dom Filippo Santoro, arcebispo de Taranto
Postado em 21 novembro 2011por E. Marçal
Do boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé
Sua Excelência Dom Filippo Santoro
Arcebispo eleito de Taranto (Itália)
63 anos
Agora sim, mais uma “especulação” do vaticanista Andrea Tornielli aconteceu. Desde o início deste mês falava-se no que hoje foi confirmado: o Bispo de Petrópolis (Rio de Janeiro, S.E.R. Dom Filippo Santoro, foi hoje nomeado pelo Santo Padre Bento XVI como Arcebispo de Taranto (Itália). Fato raro, mas possível: um estrangeiro, bispo de uma diocese de um país que não é o seu, é nomeado para uma diocese no seu país natal. Aqui Dom Santoro nunca poderia ser arcebispo, haja vista para o costume (acreditamos, não confirmado por nenhuma norma jurídica) brasileiro de não ocupar as cátedras arquiepiscopais com bispos sem sangue genuinamente brasileiro.
A nomeação aconteceu depois que o Papa aceitou a renúncia ao governo pastoral da dita Arquidiocese apresentada por S.E.R. Mons. Benigno Luigi Papa, membro professo da Ordem dos Franciscanos Menores, em conformidade com o cânon 401 § 1 do Código de Direito Canônico.
Dom Santoro nasceu em Carbonara, província de Bari e arquidiocese de Bari-Bitonto, em 12 julho 1948. Completou os estudos filosóficos na Università Cattolica del Sacro Cuore de Milão, obtendo o Doutorado em Filosofia. Em Roma, conseguiu a Láurea em Teologia Dogmática, na Pontificia Università Gregoriana, como aluno do Almo Collegio Capranica (n.d.e. um dos seminários romanos)
Foi ordenado sacerdote em 20 maio 1972 para a arquidiocese de Bari-Bitonto.
Depois da ordenação sacerdotal, entre outros cargos, desempenhou os seguintes: sacerdote fidei donum na arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (Brasil) de 1984 a 1996; Reponsável do “Comunhão e Libertação” no Rio de Janeiro de 1984 a 1988 e de 1988 a 1996, em todo o Brasil e na América Latina. Em 1992, participou como teólogo da IV Conferência Geral do Episcopado Latinoamericano em Santo Domingo.
Eleito à sede titular de Tuscamia e nomeado Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro em 10 abril 1996, recebeu a sagração episcopal em 29 junho sucessivo do Cardeal Eugênio Sales.
Em 12 maio 1994 foi eleito Bispo da diocese de Petrópolis.
Na Conferência Episcopal dos Bispos do Brasil é Membro do Conselho Permanente e da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé. Também é Grão-chanceler da Universidade Católica de Petrópolis.
É autor de diversas publicações de caráter teológico e filosófico.
A sua Arquidiocese, ao sul da Itália, contava, em 2004, com quase 406 mil batizados, divididos em 86 paróquias em 1.056 km². De sua catedral é titular São Cataldo, segundo bispo da diocese fundada no século VI. A concatedral é dedicada à Grande Mãe de Deus. Há 223 sacerdotes, dos quais 143 são seculares e 80 regulares; 90 religiosos e 266 freiras e 15 diáconos permanentes.
O Arcebispo eleito de Taranto exerceu ainda maior solicitude pastoral quando sua diocese foi atingida por graves desastres fluviais no início deste ano. Demonstrou grande atenção às vítimas e dirigiu apoio material e, sobretudo, espiritual a eles. Há poucos meses sagrou bispo a um sacerdote de seu clero que foi eleito Auxilar de São Salvador da Bahia, Dom Gilson
Rezemos ao Senhor da Messe que abençoe largamente o ministério episcopal de Dom Santoro, agora mais exigido por essa nomeação para um ofício maior. Que a cada dia Sua Excelência seja mais fiel a Deus e à sua Igreja.